E N C O N T R O
1917-2017:
100 ANOS DAS REVOLUÇÕES RUSSAS
Datas: 12 à 14 de junho de 2017.
Local: Sala Manuel Correia, 3o andar do
CFCH. UFPE, Recife.
Promoção: Departamento
de História e Programa de Pós-Graduação em História e NUDOC da UFPE.
No ano do centenário das Revoluções
Russas, nas quais as trabalhadoras e os trabalhadores tiveram um papel central
definindo os rumos da primeira experiência socialista da História, serão
revisitados esses acontecimentos que marcaram profundamente do século XX.
O Departamento de História e o NUDOC da
UFPE, reconhecendo a importância destas revoluções, fruto de entusiasmo e de
esperanças, propõem debates e trocas acadêmicas acerca deste momento histórico
e seus desdobramentos em diferentes campos em termos de organização social,
política, manifestações culturais etc.
12/06/2017 ( 2ª feira)
14h00 - Conferência de Abertura: Prof. Dr. Ivo Tonet (UFAL)
16h00 - Mesa 1: As Revoluções Russas (Coord.
Prof. Ms Júlio Barros IFPE)
Palestrantes:
Profa.
Dra. Socorro Abreu (UFPE),
Prof. Dr. Tiago Bernardon (UFPB),
Prof. Dr. Daniel Rodrigues (UFPE)
13/06/2017 (3ª feira)
GTs - 9h00 às 12h00
14h00 - Mesa 2: O movimento operário: 1917 no
Brasil (Coord.Prof. Dr. Cristiano Christillino UEPB)
Palestrantes:
Prof. Dr. Osvaldo Maciel (UFAL),
Prof. Dr. José Bento Rosa da Silva (UFPE)
16h00 - Mesa 3: Arte e Revolução (Coord. Ms Elza
Mendonça)
Palestrantes:
Prof. Dr. Lourival Holanda(UFPE)
OdomiroFonseca (Dr pela USP)
Leonardo Lacca (Cineasta autor do filme “Eisenstein”)
14/06/2017 (4ª feira)
GTs - 09h00 às 12h00
14h00 - Mesa 4: Outras revoluções: Reforma
Agrária no México (1917), Descolonizações na África (1957) e Movimento
revolucionário na China (1919) (Coord. Ms Arthur Barros)
Palestrantes:
Prof. Dr. Sebastião Vargas (UFRN)
Profa.
Dra. Luíza Nascimento dos
Reis (UFPE)
Profa.
Dra. Christine Dabat (UFPE)
16h00 - Conferência de encerramento: Profa.
Dra. Socorro Ferraz (PPGH-UFPE)
GTs
1. ENSINO DE
HISTÓRIA: CURRÍCULO, MATERIAIS DIDÁTICOS E A HISTORIOGRAFIA ESCOLAR. (Profª. Drª. Juliana de Andrade- UFRPE).
2. HISTÓRIA AMBIENTAL: O OCIDENTE E OS “OUTROS” (Ms. Raíssa
Orestes).
3. ESCRAVOS, LIBERTOS E HOMENS LIVRES POBRES
NO BRASIL (Prof. Dr. Robson Costa e Profª. Dra. Valéria Costa).
4. MUNDOS DO TRABALHO E O CENTENÁRIO DA
REVOLUÇÃO RUSSA: INFLUÊNCIAS, ORGANIZAÇÕES E LUTAS. (Ms. Izabel Helena
Acioli Siqueira dos Santos e Ms. Thayana
de Oliveira Santos)
5. “NOVA
HISTÓRIA POLÍTICA”: GOVERNOS, INSTITUIÇÕES E MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL
REPUBLICANO (Prof. Ms. Arthur Victor e Prof. Ms. Júlio César Barros).
6. HISTÓRIA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA AFRICANA. Prof.
Dr. José Bento Rosa da Silva e Profª. Drª. Luiza Nascimento dos Reis).
7. “Nos fronts da cidadania”: AS REVOLUÇÕES NO COTIDIANO DAS
MULHERES. (Ms. Bruna Hanny Benning e Ms. Marcela Heráclio IFPE).
8. HISTÓRIA POLÍTICA E SOCIAL NO PERÍODO IMPERIAL (Profª. Drª. Suzana Cavani e Prof. Dr. Cristiano Christillino).
9. HISTÓRIA NA ÁSIA (Profª. Drª. Christine Dabat e Ms. Angélica Alencar).
GTs
ENSINO DE HISTÓRIA: CURRÍCULO, MATERIAIS DIDÁTICOS E A
HISTORIOGRAFIA ESCOLAR
Profª. Drª. Juliana de Andrade
UFRPE
O presente simpósio temático tem como finalidade reunir pesquisadores e estudiosos do campo do ensino de História, que discutem questões relativas aos problemas do currículo de ensino de história na Educação Básica (Ensino Fundamental e Ensino Médio, os usos dos diferentes materiais didáticos nos espaços escolares e extraescolares e como a historiografia escolar tem discutido conceitos e temas norteadores para a História, como por exemplo, o conceito de revolução, escravidão, pobreza e etc. Nesse sentido, convidados a todos (as) os(as) interessados em discutir as novas configurações do campo do ensino de história e o dialogo que estabelece com a teoria da história.
HISTÓRIA AMBIENTAL: O OCIDENTE E OS “OUTROS”
Raíssa Orestes
Carneiro
Mestre em História pela UFPE
Ao longo de boa parte da história da humanidade e entre os mais variados povos, construiu-se, muitas vezes, uma relação ambígua com o ambiente. De um lado, sendo objeto de proteção, desde o Domesday Book, de Guilherme, o Conquistador, até as Conferências da ONU, passando pelos jardins botânicos europeus e pelos zapovedniksrussos; de outro, sendo visto, por razões diversas, como algo a ser combatido, em nome da “civilização”, o meio natural acabou sofrendo duros golpes e somente nos últimos anos começou a receber proteção pelo seu valor intrínseco. É, de fato, impossível pensar a existência do ser humano sem o seu entorno. Mas mudanças de atitude podem ser úteis e devem ser buscadas na alteridade, isto é, na percepção do outro. Diante disso, a proposta deste simpósio é a de estimular o debate a respeito das questões ambientais através da sua apreensão nos mais variados âmbitos de estudo (História, Direito, Geografia, Antropologia) e entre os diversos povos e contextos, considerando o ambiente nas suas múltiplas formas de abordagem.
ESCRAVOS,
LIBERTOS E HOMENS LIVRES POBRES NO BRASIL
Prof. Dr. Robson
Costa
IFPE, Campus Recife/PE
Profª. Dra.
Valéria Costa
IF
Sertão PE, Campus Serra Talhada/PE
Nas últimas décadas, os estudos sobre a escravidão no Brasil foram ampliados através de novas metodologias (a exemplo da Micro História) e novos olhares sobre as fontes e os sujeitos, influência advinda principalmente da Nova História Cultural e da História Social do Trabalho. O retorno aos arquivos, aos documentos, se revelou extremamente frutífera, contribuindo para romper com velhas explicações generalizantes que encobriam os indivíduos com estatísticas capazes de silenciar suas ações e reações às violentas engrenagens que visavam triturar qualquer indício de sua humanidade e capacidade de resistência. Partindo desta perspectiva, o objetivo deste GT é ampliar as lentes de observação sobre os mundos do trabalho, nas cercanias rural e urbana, trazendo à tona os diversos sujeitos históricos que eram parte integrante da sociedade escravista. Assim, estudiosos que desenvolvem pesquisas sobre os escravos, os libertos e/ou os chamados homens livres pobres (em suas mais diversas faces) terão espaço neste GT para apresentarem seus resultados e, com isso, enriquecer ainda mais os debates sobre as particularidades envolvendo as relações de trabalho e também as práticas culturais destes diferentes agentes históricos.
MUNDOS DO
TRABALHO E O CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA: INFLUÊNCIAS, ORGANIZAÇÕES E LUTAS
Izabel Helena Acioli Siqueira dos Santos
Mestre em História pela UFPE
Thayna de Oliveira Santos
Thayna de Oliveira Santos
Mestre em História pela UFPE
Os
movimentos de trabalhadoras e trabalhadores tiveram um papel crucial na
consolidação da democracia no Brasil e no mundo. Desta forma, este GT pretende
reunir pesquisadores que se dediquem ao estudo dos mundos do trabalho. De
acordo com Eric Hobsbawm, a história de qualquer classe não pode ser escrita de
maneira isolada, seja de outras classes, dos Estados, de sua herança histórica
e das transformações das economias que requerem o trabalhado assalariado e
criaram e transformaram as classes que o executam. No ano do centenário da Revolução Russa de
1917, quando os(as) trabalhadores(as) tiveram um papel central nos rumos
daquela que se consolidou como a primeira experiência socialista da História, e
tendo em vista os debates recentes acerca da centralidade ou não do trabalho no
mundo contemporâneo, pretendemos construir um ambiente de debate e troca de
experiências, tendo as classes trabalhadoras como principal ponto de partida,
conforme propõe Eric Hobsbawm.
“NOVA HISTÓRIA
POLÍTICA”: GOVERNOS, INSTITUIÇÕES E MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL REPUBLICANO
Prof. Ms. Arthur
Victor
Mestre em História pela UFPE
Prof. Ms. Júlio
César Barros
IFPE
A negação do aspecto político foi uma característica evidenciada em grande parte da produção historiográfica dos Annales. As críticas sobre a História Política recaíam, sobretudo, ao interesse demasiado pelas minorias privilegiadas e, por consequência, à negligência que era dada ao aspecto social. Assim, o estudo do político passou a ser relacionado a uma forma ultrapassada, e que deveria ser superada, de fazer história. As próprias críticas elaboradas pelos autores dos Annales e as contribuições de Michel Foucault e Pierre Bourdieu, por exemplo, que pensaram as relações de poder para muito além do Estado, foram importantes para sua renovação. Ao longo dos anos, novos objetos, novas fontes e novos atores sociais foram incorporados. Os reis, o Estado Nacional, os governantes, as classes dominantes etc. ganharam a companhia de movimentos sociais, de grupos de pressão, da mídia, etc., ampliando, assim, suas fronteiras de estudo. Nesta perspectiva, o exame aqui proposto busca reunir pesquisadores que desenvolvem suas pesquisas em torno da Nova História Política e tenham interesse, por exemplo, no papel das eleições e campanhas eleitorais; nos partidos políticos; nas associações políticas, tais como: ligas, federações e sindicatos; nas dimensões políticas da imprensa e da mídia; na organização e composição de governos; e nos grupos de pressão, organizados por órgãos patronais e movimentos sociais, sob os governos.
HISTÓRIA
DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA AFRICANA
Prof. Dr. José Bento Rosa da Silva
UFPE
Profª. Drª.
Luiza Nascimento dos Reis
UFPE
Este Grupo de Trabalho[GT] visa reunir pesquisadores e estudantes vinculados com apesquisa e o ensino de História da África no sentido de promover o debate entretrabalhos voltados à História do continente africano e da Diáspora. Delimitamos um recorte cronológico que abrange os processos históricos africanosocorridos entre o século XIX e os dias atuais. O grupo de trabalho tem uma perspectiva interdisciplinar. Serão aceitos trabalhos acadêmicos concluídos ou em fase de desenvolvimento.
“Nos fronts da cidadania”: AS REVOLUÇÕES NO COTIDIANO DAS MULHERES
Ms. Bruna Hanny Benning
Mestre em História pela UFPE
Ms. Marcela Heráclito
Mestre em História pela UFPE
O
nosso grupo de trabalho tem como objetivo reunir pesquisas que ofereçam
discussões sobre as expressões das mulheres em favor de sua cidadania, através de
combates no campo das ideias, de enfrentamentos diretos e/ou por vias subterrâneas ou através de contingências, nos espaços
públicos e privados ocupados por elas. Com feição multidisciplinar, o GT “as
revoluções no cotidiano das mulheres” tratará de temas que fazem parte de seu cotidiano de vida tais
como direitos reprodutivos, maternidade, relação com o corpo, prostituição, equidade nas relações de trabalho e emprego,
sufrágio, acesso à educação e demais equipamentos sociais. Com o intuito de estimular o debate sobre
porque a maioria das discussões, combates e enfrentamentos travados
há tempos ainda permanecem no cotidiano das mulheres sem solução,
pretendemos, no centenário das revoluções russas, convidar pesquisadoras e
pesquisadores a pensar a partir do
exemplo destas revoluções, estratégias de superação precursoras de novos
caminhos.
HISTÓRIA POLÍTICA E SOCIAL NO
PERÍODO COLONIAL
Profª. Dra Suzana Cavani
UFPE
Prof. Dr. Cristiano Christillino Angélica Alencar
UEPB
Este Simpósio
visa criar um espaço para o debate de questões relacionadas ao social, ao
político, a partir de perspectivas teórico-metodológicas que focalizem as
rupturas, as permanências, as simultaneidades, os antagonismos e as
ambivalências historicamente tecidas pelas classes dominantes e as camadas populares,
no Brasil durante o perído imperial. As
práticas, estratégias e cultura políticas e sua influência nas lutas dos
agentes sociais se constituem em temáticas de interesse para discussão, bem
como as estratégias de famílias na manutenção e ampliação do poder econômico e
político. Interessa-nos também o debate
sobre instituições políticas e as formas materiais e simbólicas de lutas e/ou
relações de poder direcionadas à construção/desconstrução, legitimação/deslegitimação
de hegemonias ou dominações políticas, inscritas tanto no campo como na cidade
ao longo de tempo.
A nossa
proposta tem ainda por objetivo evidenciar e analisar a maneira pela qual
ocorre a inserção da esfera micro na dimensão macro, as atualizações e
ressignificações do local e do regional diante das injunções produzidas pela
dinâmica do global, como também apreender os processos e as tramas que
singularizam as histórias do local e regional e o espaço de negociação
estabelecida pelos seus atores com os poderes instituídos nacionalmente.
HISTÓRIA NA ÁSIA
Profª. Dra Christine Dabat
UFPE
Ms. Angélica Alencar
Doutoranda
na Universidade Sophia, Tokyo
Se a
atualidade não deixa esquecer que, segundo a última obra de Pierre Grosser, “A
história do mundo acontece na Ásia” (2017), pesquisadores interessados em
aspectos de sociedades diversas, particularmente a China
e o Japão, ao fio dos séculos, podem fornecer enfoques esclarecedores. O
presente GT visa encorajar as trocas na comunidade acadêmica e suscitar
vocações pela evocação da imensa riqueza deste campo disciplinar.